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7 de outubro de 2011

Boletim do CFP: 13 razoes para defender uma politica para usuarios de crack

1. Defendemos o Sistema Único de Saúde (SUS) – um dos maiores patrimônios nacionais, construído coletivamente para cuidar da saúde da população brasileira. Defendemos a aprovação da Emenda Constitucional nº 29 e a possibilidade de garantir e ampliar financiamento para consolidar suas ações, inclusive para a política de crack, álcool e outras drogas, assegurando seu caráter eminentemente público, em oposição a todas as formas de privatização da saúde.

2. Defender os princípios e diretrizes do SUS, principalmente o princípio da PARTICIPAÇÃO, que garante o direito do usuário de ser esclarecido sobre a sua saúde, de intervir em seu próprio tratamento e de ser considerado em suas necessidades, em função de sua subjetividade, crenças, valores, contexto e preferências.

3. Defender a continuidade e o avanço do processo de Reforma Psiquiátrica Antimanicomial em curso no Brasil – regulamentada na Lei nº 10.216/2001, que criou os serviços de atenção psicossocial de caráter substitutivo ao modelo asilar – para o cuidado de pessoas com sofrimento mental e problemas no uso de álcool e outras drogas.

4. Considerar que o Estado é laico e democrático e, por isso, não deverá, a pretexto de tratamento, impor crença religiosa a nenhum de seus cidadãos, mesmo quando estes fizerem uso problemático de álcool ou outras drogas. Da mesma forma, compete ao Estado respeitar e promover a cidadania destes usuários, recusando todas as propostas que violem seus direitos, como a internação compulsória e restrição da liberdade como método de tratamento.

5. Superar o isolamento em instituições totais, tais como hospitais psiquiátricos ou comunidades terapêuticas – que geram mais dor, sofrimento, violação dos direitos humanos –, por uma rede de serviços substitutivos como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Leitos em Hospitais Gerais, Casas de Acolhimento Transitório, Consultórios de Rua e outras invenções que se fizerem necessárias para garantir o cuidado em liberdade.

6. Reconhecer que as cenas públicas de uso de drogas, as chamadas cracolândias, que tanto incomodam a população em geral, são também efeitos da negligência pública e da hipocrisia social. A transformação desta situação impõe a criação de políticas públicas que incluam os usuários e a população local, através da implantação de projetos de moradia social, geração de renda, qualificação do espaço urbano, educação, lazer, esporte, cultura, etc.

7. O cuidado em liberdade, dentro do SUS, dos usuários de crack, álcool e outras drogas já é realidade em nosso país. São Bernardo do Campo (SP) e Recife (PE) são exemplos do êxito desta política, cujos investimentos exclusivamente voltados para a rede pública propiciaram a invenção de uma rede diversificada de serviços substitutivos, que asseguram cidadania. A sustentação radical desta política permite a ambos municípios prescindirem da inclusão de comunidades terapêuticas e de hospitais psiquiátricos como lócus de tratamento.

8. Quem usa drogas é vizinho, pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã, amigo, amiga, parente de alguém, meu ou seu. Portanto, é preciso superar a ideia de que o usuário de drogas é perigoso, perdido, irrecuperável ou um monstro. Tais idéias provocam uma urgência de respostas mágicas, levam a sociedade a demandar medidas políticas sem a prévia reflexão necessária, justificando e legitimando a violência contra estes novos párias sociais.

9. A humanidade sempre usou drogas em cerimônias, festas, ritos, passagens e em contextos limitados. Nossa sociedade precisa se indagar sobre o significado do consumo que o mundo contemporâneo experimenta e tanto valoriza, buscando entender o uso abusivo de drogas nos dias de hoje e as respostas que tem dado ao mesmo.

10. As sociedades convivem com muitas drogas, lícitas ou ilícitas. As pessoas que usam drogas de forma prejudicial precisam de ajuda, apoio, respeito e de redes públicas de atenção que garantam sua cidadania e liberdade. Para tal, as ações de redução de danos, que responsabilizam o cidadão por suas escolhas e estabelecem laços de solidariedade, devem ser orientadoras do cuidado, sempre articuladas com as demais políticas públicas.

11. A leitura do fenômeno do uso abusivo de drogas, em particular, do consumo de crack, como uma epidemia, além de grave equívoco de interpretação dos dados epidemiológicos que não demonstram isto, provoca uma reação social que instaura o medo e autoriza a violência e a arbitrariedade, levando à justificação de medidas autoritárias, coercitivas e higienistas.

12. Comunidades terapêuticas não são dispositivos de saúde pública. São a versão moderna dos antigos manicômios, seja pela função social a elas endereçada, quanto pelas condições de uma suposta assistência ofertada. Elas reintroduzem o isolamento das instituições totais, propondo a internação e permanência involuntárias, centram suas ações na temática religiosa, frequentemente desrespeitando tanto a liberdade de crença quanto o direito de ir e vir dos cidadãos. Portanto, rompem com a estrutura de rede que vem sendo construída pelo SUS, não havendo qualquer justificativa técnica para seu financiamento público.

13. Os direitos humanos, os princípios da saúde pública e as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde e de Saúde Mental devem orientar a aplicação e os investimentos públicos na criação das redes e serviços de atenção a usuários de crack, álcool e outras drogas. Qualquer política que proponha agregar outros serviços com orientação distinta da adotada pela Reforma Psiquiátrica e pelo SUS, estará tentando conciliar o inconciliável e deste modo, camuflando diferenças em nome de outros motivos ou interesses e produzindo um claro desrespeito à política e à sociedade.
Brasília, 05 de outubro de 2011


Boletim do CFP: 13 razoes para defender uma politica para usuarios de crack


1. Defendemos o Sistema Único de Saúde (SUS) – um dos maiores patrimônios nacionais, construído coletivamente para cuidar da saúde da população brasileira. Defendemos a aprovação da Emenda Constitucional nº 29 e a possibilidade de garantir e ampliar financiamento para consolidar suas ações, inclusive para a política de crack, álcool e outras drogas, assegurando seu caráter eminentemente público, em oposição a todas as formas de privatização da saúde.


2. Defender os princípios e diretrizes do SUS, principalmente o princípio da PARTICIPAÇÃO, que garante o direito do usuário de ser esclarecido sobre a sua saúde, de intervir em seu próprio tratamento e de ser considerado em suas necessidades, em função de sua subjetividade, crenças, valores, contexto e preferências.


3. Defender a continuidade e o avanço do processo de Reforma Psiquiátrica Antimanicomial em curso no Brasil – regulamentada na Lei nº 10.216/2001, que criou os serviços de atenção psicossocial de caráter substitutivo ao modelo asilar – para o cuidado de pessoas com sofrimento mental e problemas no uso de álcool e outras drogas.


4. Considerar que o Estado é laico e democrático e, por isso, não deverá, a pretexto de tratamento, impor crença religiosa a nenhum de seus cidadãos, mesmo quando estes fizerem uso problemático de álcool ou outras drogas. Da mesma forma, compete ao Estado respeitar e promover a cidadania destes usuários, recusando todas as propostas que violem seus direitos, como a internação compulsória e restrição da liberdade como método de tratamento.


5. Superar o isolamento em instituições totais, tais como hospitais psiquiátricos ou comunidades terapêuticas – que geram mais dor, sofrimento, violação dos direitos humanos –, por uma rede de serviços substitutivos como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Leitos em Hospitais Gerais, Casas de Acolhimento Transitório, Consultórios de Rua e outras invenções que se fizerem necessárias para garantir o cuidado em liberdade.


6. Reconhecer que as cenas públicas de uso de drogas, as chamadas cracolândias, que tanto incomodam a população em geral, são também efeitos da negligência pública e da hipocrisia social. A transformação desta situação impõe a criação de políticas públicas que incluam os usuários e a população local, através da implantação de projetos de moradia social, geração de renda, qualificação do espaço urbano, educação, lazer, esporte, cultura, etc.


7. O cuidado em liberdade, dentro do SUS, dos usuários de crack, álcool e outras drogas já é realidade em nosso país. São Bernardo do Campo (SP) e Recife (PE) são exemplos do êxito desta política, cujos investimentos exclusivamente voltados para a rede pública propiciaram a invenção de uma rede diversificada de serviços substitutivos, que asseguram cidadania. A sustentação radical desta política permite a ambos municípios prescindirem da inclusão de comunidades terapêuticas e de hospitais psiquiátricos como lócus de tratamento.


8. Quem usa drogas é vizinho, pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã, amigo, amiga, parente de alguém, meu ou seu. Portanto, é preciso superar a ideia de que o usuário de drogas é perigoso, perdido, irrecuperável ou um monstro. Tais idéias provocam uma urgência de respostas mágicas, levam a sociedade a demandar medidas políticas sem a prévia reflexão necessária, justificando e legitimando a violência contra estes novos párias sociais.


9. A humanidade sempre usou drogas em cerimônias, festas, ritos, passagens e em contextos limitados. Nossa sociedade precisa se indagar sobre o significado do consumo que o mundo contemporâneo experimenta e tanto valoriza, buscando entender o uso abusivo de drogas nos dias de hoje e as respostas que tem dado ao mesmo.


10. As sociedades convivem com muitas drogas, lícitas ou ilícitas. As pessoas que usam drogas de forma prejudicial precisam de ajuda, apoio, respeito e de redes públicas de atenção que garantam sua cidadania e liberdade. Para tal, as ações de redução de danos, que responsabilizam o cidadão por suas escolhas e estabelecem laços de solidariedade, devem ser orientadoras do cuidado, sempre articuladas com as demais políticas públicas.


11. A leitura do fenômeno do uso abusivo de drogas, em particular, do consumo de crack, como uma epidemia, além de grave equívoco de interpretação dos dados epidemiológicos que não demonstram isto, provoca uma reação social que instaura o medo e autoriza a violência e a arbitrariedade, levando à justificação de medidas autoritárias, coercitivas e higienistas.


12. Comunidades terapêuticas não são dispositivos de saúde pública. São a versão moderna dos antigos manicômios, seja pela função social a elas endereçada, quanto pelas condições de uma suposta assistência ofertada. Elas reintroduzem o isolamento das instituições totais, propondo a internação e permanência involuntárias, centram suas ações na temática religiosa, frequentemente desrespeitando tanto a liberdade de crença quanto o direito de ir e vir dos cidadãos. Portanto, rompem com a estrutura de rede que vem sendo construída pelo SUS, não havendo qualquer justificativa técnica para seu financiamento público.


13. Os direitos humanos, os princípios da saúde pública e as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde e de Saúde Mental devem orientar a aplicação e os investimentos públicos na criação das redes e serviços de atenção a usuários de crack, álcool e outras drogas. Qualquer política que proponha agregar outros serviços com orientação distinta da adotada pela Reforma Psiquiátrica e pelo SUS, estará tentando conciliar o inconciliável e deste modo, camuflando diferenças em nome de outros motivos ou interesses e produzindo um claro desrespeito à política e à sociedade.


Acesse http://drogasecidadania.cfp.org.br


Brasília, 05 de outubro de 2011
                                                                                    

5 de outubro de 2011

Droga: veneno que ameaça o mundo

Da Redação do Correio Fraterno do ABC

Ao falar sobre drogas hoje, os pais expressam uma das maiores preocupações. O medo é justificável: a popularidade das drogas entre crianças de 10 a 12 anos é cada vez maior. A exposição das crianças ao perigo também. A dependência pode destruir relações familiares e de amizades. Provoca danos irreversíveis e até, nos casos extremos, a morte. O alarme, porém, só toca quando as drogas já estão dentro de casa. Pesquisas da Associação Parceria Contra Drogas mostram que, hoje, quatro em cada dez crianças já experimentaram maconha. Se você é dos anos 60 ou 70, certamente sabia mais sobre drogas do que seus pais. E agora seus filhos sabem mais do que você.

O mundo das crianças de hoje não é fácil. É mais complexo, estressante, com um acesso às drogas alarmante. Veja:

- O LSD é oferecido para crianças na forma de desenhos coloridos, com personagens de histórias em quadrinhos;

- O Crack está disseminado e pode ser encontrado em qualquer esquina;

- O acesso a bebidas, cigarros e medicamentos que contenham em sua fórmula algum componente alucinógeno dentro de casa facilita a iniciação do jovem;

- As festas rave, são verdadeiras feiras de drogas, principalmente ecstasy, maconha e cocaína.

Os hábitos começam cedo

Não é só na escola que as crianças aprendem. A rua, os amigos, a televisão, o cinema também são grandes professores. Há ainda as novas fontes de informação a que elas têm acesso, antes mesmo dos pais: Vídeo, cds, revistas, internet, emails, sites de bate-papo. E isso tudo pode ser uma grande porta de acesso ao vício. Mesmo não promovendo as drogas diretamente, essas informações podem passar a impressão de que usá-las é normal e até esperado em determinada idade. E é chocante a facilidade (e o preço!) para obter a droga.

A idade média com que as crianças começam a fumar cigarros é 12 anos. Experimentar álcool aos 13. E fumam o primeiro cigarro de maconha aos 14. E muitos jovens que usam drogas começaram antes dos 10 anos.

Poderia ser o seu filho
Acreditar que seu filho nunca vai se envolver com drogas é um grande perigo. Pesquisas mostram que o acesso das primeiras crianças às drogas é muito mais fácil do que os pais imaginam. Porém, não há ninguém melhor do que os pais e professores para vencer o desafio de manter um jovem longe da droga.

Estudo realizado pela Parceria em janeiro de 1999 em cinco capitais brasileiras mostrou que, quando um jovem se sente próximo da família, tem menos chances de se envolver com álcool, cigarro e outras drogas. Confirmou-se o que muitos pais acreditam: primeiro, eles podem ensinar os filhos a ver as drogas como um problema sério. segundo, eles podem influenciar as decisões dos filhos em idades escolar - fase em que a criança estrutura sua posição em relação às drogas. O que parece faltar é orientação sobre como tratar a questão, tão complicada e difícil de abordar. Por isso a Associação Parceria Contra as Drogas desenvolveu um guia, com base em um modelo criado por uma organização semelhante nos Estados Unidos. O propósito é preparar você, pai, para conversar sobre drogas com seu filho e responder às dúvidas que ele possa ter.

Mantenha o diálogo

Converse bastante com seu filho sobre drogas. E seja claro. Estudos mostram que os filhos gostariam que os pais conversassem mais com eles.

Os pais precisam se educar: para conversar sobre drogas é preciso estar tão bem informado quanto seu filho. Você deve saber sobre as drogas mais comuns, os efeitos no cérebro e no corpo, os sintomas que provocam, as gírias e como são utilizadas.

A adolescência é um período cansativo para a família. A comunicação é complicada. Mas se você conseguir fazer seu filho crescer sem saber, fumar ou tomar drogas, as chances de ele manter hábitos saudáveis na vida adulta são grandes. A influência dos pais desde cedo pode poupar o filho de experiências negativas associadas ao uso de drogas; pode até mesmo salvar a sua vida. 

Também é importante lembrar seus filhos que o perigo não está somente no uso constante de álcool ou drogas. O ocasional também pode trazer conseqüências: perder provas ou trabalhos escolares; provocar acidente de carro; sofrer um ataque no coração. Pautando por essas instruções, você aprenderá a usar melhor sua força, seu amor e sua preocupação para ajudar seu filho a se situar bem no mundo, promovendo seu bem-estar e mantendo-o distante das drogas.
Ajudará também você a educar o jovem num mundo difícil, onde existem tentações e obstáculos o tempo todo. Enfim, será seu guia de vida.

Crianças aprendem com exemplos, com os valores que os pais demonstram por suas ações. Ficam sensibilizados quando vêem que os pais se preocupam com elas o tempo todo. Mas devemos estar alertas. Mentiras "inocentes", como esconder a idade, transmite uma mensagem estranha à criança. "Não é errado mentir?", ela vai se perguntar. Se você proíbe cigarros dentro de casa, como pode deixar um amigo quebrar a regra? Se diz que beber em excesso é um problema, como pode rir de um personagem bêbado em um filme? Situações assim confundem a criança. Ela só vai poder discernir o certo do errado baseada em um sistema de valores verdadeiro. E baseada nisso decidirá usar drogas ou não; beber ou não.

Você pode expor seus valores explicando por que decidiu agir de determinada maneira em determinada situação. Se você e seu filho vêem uma pessoa cega tentando atravessar a rua, por exemplo, ofereça ajuda e aproveite para discutir por que é importante ajudar os outros. Também pode explorar questões morais propondo hipóteses para ser discutidas num momento apropriado. Por exemplo: "O que você faria se uma pessoa andando à sua frente deixasse cair uma nota de 10 reais?" ou, "O que faria se um amigo tentasse convencê-lo a matar aula para jogar videogames?" Para ensinar a moral é preciso exemplificar com situações concretas como essas.

Planejando a união familiar

Não é sempre possível tempo para conversar sobre drogas com seu filho. Uma vida agitada e cheia de compromissos não facilita a convivência. Para garantir alguns momentos juntos, tente agendar:
- Reuniões de família: realizadas uma vez por semana em horário combinado, as reuniões são o momento ideal para discutir projetos, falar de disciplina, comemorar sucessos, esclarecer diferenças e qualquer assunto relativo a um dos membros da família. Estabelecer algumas regras ajuda. Por exemplo: todos devem ter chance de falar; quando um fala os outros escutam sem interromper. As críticas devem ser construtivas. Para vencer eventuais relutâncias, agregue algum incentivo, por exemplo, pizza depois da reunião. É importante os pais comandarem.

No Ritual do dia-a-dia: você pode estabelecer que, uma vez por semana, buscará seu filho na escola e juntos tomarão um sorvete. Depois do jantar ou antes de deitar, reserve alguns minutos para conversarem sobre os acontecimentos do dia. Estabeleça a rotina de bater papo - a comunicação é essencial para educar uma criança contra as drogas.

Esclarecendo a sua posição

Não julgue que seu filho conhece a sua posição sobre álcool, cigarro e drogas ilícitas. É preciso falar com ele e deixar a sua posição bem clara. Se você for ambíguo e pouco firme, há o risco de ele querer experimentar. Diga-lhe que o proíbe de fumar, beber e usar drogas porque você se preocupa com ele. (Não tenha medo de parecer emocional demais. Você pode dizer: "Se você usar droga eu vou ficar muito triste e decepcionado com você). Se uma criança tem dúvidas se pode ou não fumar, beber ou usar alguma droga, vai sempre se perguntar: "O que meus pais achariam disso? "As drogas são uma das questões mais presentes na cabeça dos jovens hoje. Mesmo que a criança pareça desinteressada, ela quer orientação dos pais e precisa dela.


Discuta os castigos antes de aplicá-los

Estabelecer regras e limites não afasta os filhos dos pais. Eles gostam de saber que seus pais se esforçam para educá-los. Estabelecer o que é permitido ou não, determinar um horário para voltar para casa e exigir que telefonem e digam onde estão faz com que os filhos se sintam amados e seguros. Porém não aplique penalidades que não tenham sido discutidas antes. Isso não é justo. Os castigos devem corresponder aos limites impostos, de tal forma que seus filhos entendam que há um resultado muito previsível quando uma regra é quebrada. As penalidades que você determina devem ser razoáveis e relacionadas com a infração. Por exemplo, se você pega seu filho fumando, pode restringir suas atividades sociais por uns dias, mantendo-o em casa. Aproveite para fazê-lo ler artigos sobre cigarro e mostre quanto se preocupa com sua saúde e com a possibilidade de ele se viciar. É perfeitamente compreensível que os pais fiquem bravos quando a ordem de casa é rompida. Demonstrar raiva, decepção ou tristeza pode até surtir efeito motivador no filho. Mas como nós costumamos falar o que não devemos quando nervosos, é melhor esfriar a cabeça e deixar para discutir de forma mais positiva depois. Ameaças como: "Seu pai vai te matar quando chegar em casa" nunca surtirão efeito. Quando as regras da casa forem cumpridas, mostre para seu filho que você está feliz. Elogie o seu comportamento. Enfatize as coisas boas que ele faz, em vez de focar só o comportamento errado. Quando os pais fazem elogios, as crianças aprendem a se sentir bem com elas mesmas e desenvolvem auto confiança para acreditar na sua capacidade de julgamento.

Dando o exemplo

No mundo adulto, a bebida é uma prática aceitável. É perfeitamente normal tomar vinho no jantar, caipirinha no almoço ou cerveja no fim de semana. Mas você estará enviando uma mensagem errada se preparar um drinque com a intenção de aliviar a tensão ou curar uma tristeza ou beber até perder o controle. Embora não haja restrições legais ao consumo de cigarros, os efeitos negativos que provocam à saúde são muito grandes. Se a criança pergunta aos pais por que fumam, eles podem explicar que quando começaram a fumar não sabiam o mal que os cigarros causam e que, depois que se começa, é muito difícil parar. Os jovens podem evitar os mesmos erros de seus pais, pois têm mais informações. Pais que usam drogas colocam em risco a sensação de segurança e proteção da criança e comprometem seus códigos de moral. E não pense que os filhos não vão descobrir.

Eles vão, e assim que isso acontecer sua autoridade e credibilidade irão para o espaço. Pai e mãe são o modelo mais próximo e mais importante da criança. Se eles não respeitam a lei, por que o filho deveria respeitar? Se você tem problemas com álcool ou qualquer outra droga procure ajuda profissional. Essa ajuda está disponível em centros de tratamento e grupos de auto-ajuda como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.

Pergunte o que os amigos dele fazem depois da escola, quais as atividades ele acha legal e quais não acha, e por quê. Encoraje a conversa com frases do tipo: "Isso é bem interessante" ou "Eu não sabia disso, que bom você contar". Aproveite esses momentos para tocar no assunto das drogas. Comente sobre o perigo. Se você puder dar essa informação antes de ele deparar pessoalmente com elas, ele vai estar mais preparado para dizer "não". Especialistas dizem que os jovens que conversam sobre drogas com os pais têm menos chance de querer experimentá-las. 

Não pense que ao falar sobre drogas com seu filho você vai estar colocando idéias na cabeça dele. É a mesma coisa achar que falar sobre sexo ele vai contrair alguma doença. Ao comentar sobre o assunto, você estará informando seu filho sobre o perigo próximo e o preparará para enfrentar esse perigo. Para introduzir o assunto, pergunte ao seu filho o que ele já ouviu sobre drogas na escola ou com os amigos e o que pensa sobre elas. Ele pode até mencionar pessoas que as utilizam. Se você escutar alguma coisa ruim ("Eu bebi cerveja na festa" ou "Meu amigo fuma maconha"), não reaja. Uma reação negativa sua pode impedir a próxima conversa. Se ele parecer defensivo ou garantir que não conhece ninguém que use drogas, pergunte: "Mas por que você acha que as pessoas usam?" Discuta sobre os riscos, as conseqüências; pergunte se ele acha que vale a pena correr os riscos, as conseqüências. Lembre-o: experimentar já é um grande perigo, nossa vida pode mudar radicalmente ou até mesmo acabar se atravessarmos uma rua movimentada quando os nossos reflexos estiverem mais lentos... Se a conversa for interrompida, retome-a tão logo seja possível.

Oportunidade para ensinar

Outra maneira de conversar sobre as drogas é aproveitar as oportunidades do dia-a-dia. Se você e seu filho estão andando na rua e vêem um grupo de adolescentes bebendo, converse com ele sobre os efeitos negativos da bebida alcoólica. Os jornais estão cheios de notícias relacionadas ao abuso da bebida e de outras drogas. Aproveite para perguntar ao seu filho o que ele acha do adolescente que bebeu e sofreu um acidente de carro; ou sobre a mãe que usava droga e foi presa. Eles tomaram a decisão certa ao se drogarem? Assista televisão com o seu filho. Pergunte se ele acha que os filmes e as propagandas mostram as drogas como uma coisa normal e rotineira. E o lado ruim, eles mostram? Quando houver uma notícia envolvendo drogas, ressalte todas as conseqüências para a família e para a sociedade. Lembre-o que drogas podem causar ou agravar tragédias, como violência em família, estupro, transmissão da AIDS, suicídio e gravidez indesejada. Sempre que passar um comercial antidrogas na televisão, fale sobre ele com seu filho. É um momento bastante apropriado para isso. Os comerciais da Parceria oferecem boas oportunidades de conversa.

Depoimentos extraídos de pesquisa sobre o tema maconha

"Pai e mãe têm vergonha de falar, filho também. Inclusive sobre sexo. Mãe acha que nunca vai acontecer."

"Tem que ser liberal. Se ficar fechado, não vai acompanhar. O pai tem que ficar esperto com o filho para ver o que ele tá fazendo."

"A pessoa quer saber o gosto que tem."

"começa quando tá com raiva. Depois não volta."

"Tem vários motivos. Revolta, pouco dinheiro, separação dos pais."

- Quando um jovem se sente próximo da família, tem menos chances de se envolver com álcool, cigarro e outras drogas. Os pais devem fazer os filhos enxergarem as drogas como um problema sério e ensiná-los a dizer "não".

Por que não deixar seu filho fumar maconha

Alguns pais que usaram ou viram a maconha ser usada na juventude se perguntam:

"Será que a maconha é mesmo tão ruim para os meus filhos? "

A resposta é um grande e enfático SIM. E por diversas razões:

- Ela é ilegal;

- Ela tem hoje um nível de THC (princípio psicoativo) cinco vezes mais alto do que nos anos 60 e 70;

- Há relatos de aumento na incidência da síndrome do pânico entre usuários de maconha.

- Provoca desmotivação, facilitando o abandono dos estudos;

- Um cigarro de maconha tem tantos elementos cancerígenos quanto um maço de cigarros comuns;

- Fumar maconha ou andar com quem fuma pode significar estar exposto tanto a outras drogas como a problemas com a lei;

- O uso da maconha pode diminuir os reflexos e provocar visões distorcidas da realidade;

- Prejudica o desempenho nos esportes; diminui a sensação de perigo e aumenta o risco de acidentes; provoca a perda de capacidade de concentração e da memória momentânea;

- Adolescentes que se apóiam na maconha deixam de enfrentar as dificuldades normais do crescimento e de aprender as lições emocionais, psicológicas e sociais;

- A droga influencia na atividade cerebral, podendo prejudicar o desenvolvimento do cérebro e do corpo.

- Converse com seu filho sobre os riscos de usar drogas. Pergunte se ele acha que vale a pena correr tais riscos. Os jovens costumam dar importância a discussões sobre como as d r o g a s p o d e m estragar s u a chance de entrar em uma b o a faculdade ou conseguir o primeiro emprego.

Preparando o terreno

O que os pais dizem e fazem em relação às drogas influencia diretamente as escolhas dos filhos no futuro. Eles são o modelo mais importante. Por isso, devem sempre:

- Dar-lhes atenção e carinho;

- Dar-lhes bons exemplos e mostrar interesse por sua vida;

- Encorajá-los a ser responsáveis;

- Participar de atividades das crianças, conhecer seus amigos, saber aonde vão e o que fazem, como vão voltar para casa e com quem;

- Desenvolver projetos e atividades junto com eles;

- Ensiná-los a fazer escolhas certas, pensando no futuro;

- Discutir os riscos das drogas desde cedo e sempre.

"Você já usou drogas?"

Nas conversas sobre drogas, uma das perguntas mais comuns que os filhos fazem aos pais é: "Você já usou? " A não ser que a resposta seja "não", é difícil saber o que dizer, porque quase todos os pais que já usaram drogas não querem que os filhos usem. E isso não é hipocrisia. É querer o melhor para seus filhos, porque hoje esses pais compreendem os perigos das drogas, quando eram jovens não entendiam. O pai que esconde do filho que usou drogas na juventude pode ter sua confiança abalada se a criança descobrir. Por isso, quando for feita essa pergunta, a melhor saída é dizer a verdade. O que não significa relatar suas experiências em detalhes. assim como nas conversas sobre sexo, algumas coisas devem ser reservadas. Evite dar mais informações do que foi solicitado pela criança. Faça perguntas esclarecedoras para ter certeza de que você entendeu exatamente o que seu filho está perguntando antes de responder. Limite sua resposta às informações pedidas.

Como os avós podem ajudar

Os avós têm um papel especial na vida das crianças e, diferentemente dos pais, tiveram mais tempo para se preparar para esse papel. Eles já passaram por altos e baixos correndo atrás dos próprios filhos. Por isso têm uma abordagem mais calma e equilibrada para interagir com os netos. Os avós podem servir como modelos mais estáveis e maduros quando precisarem assumir alguma responsabilidade com os netos. E têm uma vantagem sobre os pais: o relacionamento com as crianças é menos complicado, menos arbitrário e mais distantes dos problemas do dia-a-dia.
Os avós podem usar a intimidade e a confiança que inspiram para reforçar as lições ensinadas pelos pais sobre auto-respeito e vida saudável. Quando demonstram preocupação perguntando: "alguém já lhe ofereceu drogas? " ou "por que seus olhos estão vermelhos?", provavelmente ouvirão respostas mais honestas, especialmente se conseguirem mostrar que não vão julgar nem punir ninguém. Os netos tendem a ser menos defensivos e mais predispostos a ouvir seus conselhos sobre drogas. Os avós também os ajudarão reforçando mensagens positivas e o bom comportamento.

Onde procurar informação e apoio

APCD, que é voltada para o trabalho de prevenção, entende que deve contribuir com as informações necessárias para quem precisa recorrer a centros de recuperação, as comunidades terapêuticas, ambulatórios, recursos comunitários e prevenção. A Secretaria Nacional Antidrogas oferece um serviço gratuito de informações pelo telefone: 0800-614321.

As drogas que estão na sua despensa

Produtos domésticos como removedor de esmaltes, de limpeza, sprays e solventes podem ser utilizados como inalantes. Isso é um perigo e um problema, porque estão dentro de casa e passam desapercebidos. Por estarem disponíveis, são uma droga popular entre os jovens. Uma pesquisa da Parceria mostra que 13,8% dos jovens estudantes do ensino médio das principais capitais brasileiras já usaram algum tipo de inalante. Você deve falar com seu filho sobre as conseqüências do abuso: esses produtos privam o corpo de oxigênio e podem causar inconsciência, danos no cérebro e no sistema nervoso e em casos mais graves, até mesmo a morte.

NOTA DO COMPILADOR: O contexto dessa matéria baseia-se num manual preparado pela APCD, com o apoio de psiquiatras, psicoterapeutas, advogados e psicólogos.


(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 363 de Abril de 2001)

4 de outubro de 2011

As Drogas e suas Implicações Espirituais


Xerxes Pessoa De Luna

I— Introdução

Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado e, cada vez mais crescente, das drogas por parte não só dos adultos, mas, também, dos jovens e lamentavelmente até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.

A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão: “Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos.”

Diante de tal flagelo e de suas terríveis conseqüências, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça.

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.

Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, entender e atender aos apelos velados que estes amigos espirituais nos enviam com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.

II — A ação das drogas no perispírito

Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.

Na obra “Missionários da Luz” — André Luiz (pág. 221 — Edição FEB), lemos: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.

Comparando as informações destas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona em relação a este, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispíríto para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.

III — A ação dos Espíritos inferiores junto ao viciado

Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.

Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que irá variar, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso, ou da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.

“O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente a desejo e a necessidade de consumir a droga”

Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de este ter suas funções alteradas, com consequente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, “o viciado ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daqueles, deixando o viciado enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”.

IV — Contribuição do Centro Espírita no trabalho antidrogas desenvolvido pelos Benfeitores Espirituais

As Casas Espíritas, como Pronto-Socorro espirituais, muito podem contribuir com os Espíritos Superiores no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida. Com certeza, esta contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da instituição ensejassem:
  1. Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não o tenha implantado.
  2. Estimular seus freqüentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar. Estas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou a dar o primeiro passo nesse sentido.
  3. Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmo as desencarnadas.
  4. No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima.
  5. Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.


V — Conclusão

Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradores de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar esta realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação deste terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos neste campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.

Revista Reformador - Março - 1998
Responsável. p/ transcrição: Wadi Ibrahim

Fonte:

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/drogas/as-drogas-e-suas-implicacoes.html